A exposição Nuestro Horizonte, do artista Felipe Prando, é uma pesquisa em Poéticas Visuais iniciada em 2008 no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade do Estado de Santa Catarina (PPGAV-UDESC). Apresentada como dissertação de mestrado com o título projeto [paisagem:fronteira], a pesquisa originou-se do desafio de pensar a paisagem contemporânea a partir da mobilidade, da fluidez e da transitoriedade, abordando-as como articulação de experiências e discursos que nos lembram de que o deserto é menos natureza que conceito.

O lugar escolhido para dar início ao trabalho foi a fronteira extremo sul do Brasil. Entre 2008 e 2009, realizei algumas viagens às cidades do Chuí – Brasil, e Chuy – Uruguai, escolhidas por serem separadas por uma rua, a Avenida Internacional, a mesma que delineia a fronteira entre estes dois países. Em decorrência da ausência de rio, lago ou montanha que pudesse servir de limite fixo e inalterável para a delimitação das posses territoriais das coroas espanhola e portuguesa na América do Sul, o Tratado Santo Ildefonso, 1777, definiu esta região como um lugar que não poderia ser ocupado por nenhuma das duas nações. À indeterminação da fronteira associava-se a imagem de um lugar vazio, de algo que está no meio, “entre”. Tal imagem foi apropriada pelos habitantes do Chuí(y) com um sentido de desordem e imprevisibilidade, com o qual rompem a rígida demarcação das soberanias territoriais ao morarem ora no Brasil, ora no Uruguai, dependendo do valor do aluguel, de materiais de construção, e dos valores das conta de água, luz e telefone.

Registros da exposição realizada em março de 2018 na Galeria DeArtes/UFPR :

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Registros dos trabalhos do artista Felipe Prando apresentados na exposição realizada em março de 2018 na Galeria DeArtes/UFPR :

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Nuestro Horizonte, Cartaz, Serigrafia, A2:

No los conozco pero los quiero igual. Relato-ensaio apresentado na exposição Nuestro Horizonte.