Deserto de Real (2009)

Imagem, Projetos, Sem categoria

Nesta exposição pensada para o Museu da Fotografia de Curitiba (Solar do Barão) a condição é pensar a fotografia como uma trama do irrealizável, capaz de engendrar um mecanismo que nos mantêm reféns do desejo de desejar. E o desejo como certo terrorismo  que cintila num “lá” inalcançável. Interessa-me pensar este rebatimento, uma pessoa contempla uma imagem, é capturada e algo latente acorda na zona do sujeito. Elucidar a situação é ver-se de fora enquanto atravessado pela experiência.

Refletindo sobre a dimensão utópica das imagens/fotografias na sociedade contemporânea, a articulação de Deserto de Real está construída a partir dos dois seguintes eixos: de imagens-artifício como efeito de superfície e no efeito de deslocalização do espectador. 

 


Projeto para constituição de imagem (Oceânico)
Instalação com fotografia digital e duas cadeiras, dimensões: 1,40 cm x 2,50 x 0,70 cm, 2008.
 

Projeto para constituição de imagem (maquete)
Foto-maquete, 15 cm de h x 20 cm de larg. x 10 cm, 2008.


Kraft, montagem em foto digital, impressão para levar, 80 X 30 cm.

Atrás da imagem, trecho de Esperando Godot de Samuel Beckett:
“Lembro dos mapas da Terra Santa. Coloridos. Bem bonitos. O mar Morto de um azul bem claro. Dava sede só de olhar. É para lá que vamos, eu dizia, é para lá que vamos na lua-de-mel. E como nadaremos. E como seremos felizes.”


Teatro, 1,20 X 40 cm, foto em cópia digital.

Veladura, 30×43 cm imagem, 10 cm de profundidade, Foto-digital em montagem em caixa de luz.