Deserto de Real (2009)
Nesta exposição pensada para o Museu da Fotografia de Curitiba (Solar do Barão) a condição é pensar a fotografia como uma trama do irrealizável, capaz de engendrar um mecanismo que nos mantêm reféns do desejo de desejar. E o desejo como certo terrorismo que cintila num “lá” inalcançável. Interessa-me pensar este rebatimento, uma pessoa contempla uma imagem, é capturada e algo latente acorda na zona do sujeito. Elucidar a situação é ver-se de fora enquanto atravessado pela experiência.
Refletindo sobre a dimensão utópica das imagens/fotografias na sociedade contemporânea, a articulação de Deserto de Real está construída a partir dos dois seguintes eixos: de imagens-artifício como efeito de superfície e no efeito de deslocalização do espectador.