Neon (2021) instalação de 0,40×1,60 metros

Esta intervenção luminosa em neon “azul Windows” é pensada
como uma imagem-aparição, é tornar visível aspectos sutis da
experiência contemporânea. O neon como certo estrangeirismo,
o azul Windows demarcando a impossibilidade de uma primeira
natureza, intocada e remota, e, enfim, a natureza possível,
contaminada pela tecnosfera, com suas tramas indissociáveis.
Se no vídeo os infantes surgem como o simbólico de uma
vocação estrutural, numa arquitetura de uma subjetividade que
delineia-se como futuro; o neon se interpõe como um objeto de
fascínio e imobilidade, implacável, no lugar de qualquer
interrogação… “um objeto de uma natureza tal que oculta a
extensão de nossa ignorância, recobrindo-a com uma técnica…
diz Alfredo Jerusalinsky… uma pura ansiedade, o consumo.

A instalação em neon, no espaço expositivo, fora do vídeo,
buscar espelhar realidade diegética e extra-diegética, como
lados da mesma fita de moebius.

Link para o catálogo da exposição do MUPA, com texto de Juliana Crispe: https://issuu.com/museuparanaense/docs/segunda_natureza_-_milla_jung_issuu